segunda-feira, 15 de novembro de 2010

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A viagem vai ser longe, e eu não sei ao certo o destino. E isso pouco me importa. Olho para as gotas de chuva que estão passeando pelo vidro e imagino, se elas são pelo menos metade das que eu já derramei por pessoas que não mereciam, e acontecimentos sem glória. Para tentar me afugentar desse pensamento que me atormenta desde sempre, procuro no céu a unica razão que me faria sorrir hoje, mas não, ela não estava ali. Ótimo! céu sem lua, e na cabeça os últimos pensamentos que eu queria ter neste final de semana. Cansei de me importar com as pessoas, de chorar por elas ou até mesmo com elas. Por que vou me importa com pessoas que pouco ligam para o que se passa comigo? E como um anjo me disse certa vez, anjo o qual também me abandonou, que ninguém precisa de amigos para sobreviver, ele mesmo não tinha algum, e continuava vivo e intacto ou quase isso. Simplesmente vou viver, igual a todos : nascer, estudar, se formar, trabalhar, morrer. Isabella Adorno

domingo, 14 de novembro de 2010

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E essa noite não é como as outras, a minha alma está cansada não sei se eu posso continuar. A algumas semanas venho tentando entender o que os outros dizem, mas hoje tudo passou na minha volta como um zunido e não fiz questão de tentar decifrar. Quando alguém percebe que estou distante o máximo que eu me permitia era remeter um sorriso, sem animo e calor algum. Tento entender qual é minha missão por aqui, não mudo nem edifico a vida de ninguém. Será que meu lugar é em um país distante? em um povo isolado? não sei. Já desisti de tentar entender, a verdade é que ninguém desistiria de tudo por mim, nunca vou ver olhos brilhando por perceber minha presença. Agora minha cabeça está a ponto de explodir e não sei bem o que é que me deixa assim, talvez o simples fato de nada entender, ou de muito querer. Não peço nada demais, apenas um real motivo para sorrir, e que ele não desapareça ao amanhecer. Isabella Adorno